“Um dia em cheio” e bolachas com signos
“Um dia em cheio” de Gyo Fujikawa (muito fácil de prenunciar) era um dos meus livros preferidos. Era (e ainda sou) completamente apaixonada pelas ilustrações e pelas histórias (aquela ilustração da mesa de pequeno-almoço era magnífica!).
Reencontrei este livro na Casa Pélys e comprei-o para a B. poder “deliciar-se” daqui a uns anos.
É verdade que muitas vezes os pais depositam esperança em objectos ou filmes de que gostavam muito quando eram pequenos e depois os filhos não ligam nenhuma.
Se eu gostava que a B. gostasse de “Era uma vez a vida” ? Sim, gostava. Mas será que de facto ela vai gostar ou vai olhar para os desenhos e achar que estão ultrapassados?
Falta o factor nostalgia. A lembrança que traz ao de cima sentimento únicos e especiais de uma altura da nossa vida. Sentimentos que estão bem guardadinhos (não sei bem onde e não tenho indicações para lá chegar de livre e espôntanea vontade). São despolotados por um som, cheiro ou visão. É como se fosse magia!
Uma vez, em casa da minha mãe, estava a escolher uns tupperwares para trazer o jantar e abri um deles. Foi mágico. O cheiro não era do plástico já envelhecido, o cheiro era das bolachas que eu levava para os dias de praia. Aquelas bolachas que tinham os signos “picotados”, alguém se recorda?
Foi um explosão de sentimentos, dos tempos em que era menina e que ia para a praia com a rodela de plástico (identificativa da escola) pendurada por um cordel ao pescoço.
4 Comments
Essas bolachas eram as Catraias. Acho que o sabor nem era metade do encanto. A piada era comer primeiro o rebordo e ir ficando com o "boneco" na mão. E tinham aquele tamanho ideal para se comeram umas atrás das outras. 🙂
Catraias, pois era 🙂 E essa estratégia de roer a bolacha à volta era igual para todos, estou a ver. Magnífico! Lembro-me que na altura eram bastantes deliciosas… Beijinhos
Olá Joana,
Antes de mais parabéns pelo seu blog que está uma fofura 🙂
Escrevo porque também tenho esse livro, que era da minha infância. Conservei-o até hoje, e tal como a Joana espero que a minha filhota um dia goste dele tanto como eu.
As ilustrações e o livro…São simplesmente fabulosos.
E as bolachinhas! Divinais, adorava 🙂
Obrigado por partilhar e por trazer ao de cima tão boas recordações.
Olá Filipa, obrigada pela sua simpática mensagem 🙂
É sempre bom receber feedback de quem está desse lado. Adorei saber que conhece o livro. A maior parte das pessoas da minha idade nunca puseram os olhos nele.
No meu caso, foi porque a minha irmã o tinha. Sem dúvida que há brinquedos e objectos que nos fazem regressar à nossa infância, e sabe tão bem!
Beijinhos e obrigada por acompanhar o meu blog.